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Geração Mimimimada: o futuro (?) do Brasil

São estes os jovens que são o “futuro” do Brasil? São estes os jovens que estamos deixando para nosso país? A culpa disso tudo é nossa?


(SPOILER: Como Profissional de Marketing, eu trabalho com ESTATÍSTICAS, PROBABILIDADES E APROXIMAÇÕES. Logo, quando me referir à conjuntos de pessoas, estou falando da maioria estatística, e não do número absoluto do universo de pessoas que se enquadram no modelo, ok?)
Faz algum tempo que a Revista Time produziu uma capa, intitulada “Geração Mememe”  (Eu, eu, eu, em inglês). Esta capa serviu como trocadilho, no Brasil, para uma expressão já conhecida dos brasileiros: mimimi.

Mimimi é a reclamação sem sentido. É aquele comportamento chato, indolente, preguiçoso, coitadista, de quem nunca assume a responsabilidade pelo seu próprio destino e pelos seus próprios problemas. Todos nós conhecemos alguém que é “fluente em mimimi”, não é mesmo?
Uma pausa para os nosso patrocinadores
Esta geração, composta, em sua maioria estatística por jovens nascidos entre os anos de 1980 e 2000, geralmente filhos de classes sociais mais bem resolvidas financeiramente, estudantes de instituições de ensino de renome, que estudam no período da manhã e não trabalham ou realizam qualquer outra atividade profissional que possa lhes prover sustento, são “narcisistas, preguiçosos, ansiosos e alienados”, segundo a extensa pesquisa realizada pelo colunista, Josh Sanburn.

Mais preparados, capacitados e eficientes. Será?

Estes jovens são a geração mais preparada, do ponto de vista acadêmico, que nosso país já teve. Geralmente, estes jovens terminam o nível superior, entram logo numa Pós ou MBA, alguns, no Mestrado. E assim, em geral, são mais preparados do ponto de vista acadêmico do que seus pais e avós jamais foram. Mas isso faz deles PESSOAS MELHORES? Dificilmente!

Por terem sido, em geral, protegidos em demasia por seus pais, estes jovens não conseguem lidar de forma saudável com as frustrações da vida. Eles acreditam que o UNIVERSO tem que trabalhar PARA eles e que eles são merecedores da felicidade plena, pelo simples fato de existirem. Se acham especiais, sem ter feito absolutamente nada para merecerem isso. Além disso, por terem sido tratados sempre com exagerada proteção e mimos, estes jovens, não raro, não respeitam figuras de autoridade. Eles não respeitam hierarquias, chefias, instituições, ou cargos. E por isso, geralmente, acabam sendo dispensados de inúmeras oportunidades de trabalho, por seu caráter arredio e insubordinado. E como não aprenderam a assumir a responsabilidade por seus erros, sempre colocam a culpa no outro: na empresa, no chefe, no Estado, na sociedade, na Globo, na escola, etc. O problema não é meu!

É uma geração infeliz. Uma geração de crianças em corpos de adultos, que sofrem, sofrem muito. Sofrem por culpa dos seus pais. Sofrem por sua própria culpa. Sofrem porque foram ensinados a acreditarem que nasceram com o direito inalienável à felicidade. Eles cresceram e foram ensinados a crer que a vida é fácil e que qualquer problema pode ser resolvido com uma reclamação aos pais, que sairão ao seu socorro quando qualquer coisa der errado. E, por isso, não foram ensinados a criar a partir da dor. A dor é o ponto de partida para qualquer crescimento. O desconforto é NECESSÁRIO E FUNDAMENTAL para o desenvolvimento humano. 

O que dizem os pesquisadores sobre esta geração?

Uma pesquisa intitulada “Os egos se inflam com o tempo”, realizada pela Professora da Universidade de San Diego, Jean Twenge e pelo Professor de Psicologia da Universidade da Georgia, Keith Campbell, evidencia que os estudantes universitários da “geração do milênio” ou “geração Y”, aqueles nascidos após 1982, são mais narcisistas que seus antecessores. Ela conclui que quase 66% dos jovens de hoje são mais narcisistas que os de gerações anteriores.
“A sociedade está ficando cada vez mais individualista”, afirmou Keith Campbell. “Para mim, isto é muito triste”, completa, pesarosamente, Jean Twenge. “O que me preocupa é que estejamos criando uma sociedade na qual as pessoas se tratarão de uma forma ruim, seja na rua, seja em suas relações pessoais”, acrescentou.
Segundo a mesma pesquisa, até mesmo as supostas demonstrações de altruísmo e voluntariado tem razões de auto-promoção ou egocentrismo, já que, em muitas instituições e empresas, o trabalho voluntário é visto com bons olhos, pois traz experiência profissional e demonstra “preocupações com o próximo”. Além disso, a maioria deles PUBLICA que está fazendo trabalho voluntário, como forma de atrair atenção para si mesmos, como quem diz: “Vejam como eu sou generoso e altruísta. Estou gastando meu tempo ajudando o próximo”. Segundo a pesquisadora, o egocentrismo e a pressão do sistema são as maiores razões para este tipo de atividade entre os jovens desta geração.
Esta pesquisa deu origem ao livro “Geração Eu” (no site www.generationme.org), intitulado “Por que os jovens dos EUA hoje são mais seguros de si mesmos, enérgicos e infelizes que nunca”.

E no Brasil, como estes jovens se comportam?

O corpo cria anticorpos para te proteger dos agressores externos. Você PRECISA ficar doente. PRECISA ter contato com sujeira (Vitamina S), precisa se machucar… Seu corpo precisa ser ATACADO por agentes externos para que seu organismo entenda e aprenda como deve se comportar mediante estas “agressões” externas e aprenda a se defender delas (Pesquisas relatam que as doenças auto-imunes aumentaram nos últimos 40 anos. Coincidência?). É O PROCESSO NATURAL DA HUMANIDADE, DESDE O SURGIMENTO DA RAÇA HUMANA SOBRE A TERRA! Quando você não é “atacado” por nenhum agente externo, acaba adoecendo de doenças auto-imunes, e teu corpo começa a lutar contra ele mesmo, já que os mecanismos de defesa estão “ociosos”. Se teu organismo não tem contra quem se defender, ele vai fazer aquilo que foi programado para fazer: atacar! Só que a vítima deste ataque será o próprio organismo!
O mesmo acontece com a mente: Se você tem tudo fácil, não luta por nada, se consegue tudo que quer sem lutar, se não precisa se esforçar pra nada, adoecerá mentalmente, se tornando um inútil incapaz de sobreviver no meio sem se escorar em alguém ou em alguma instituição… Irá, inevitavelmente, se transformar num vitimista, coitadista ou mimimilitante… Este é o triste fim daqueles que são mimados pelos seus pais e decidem, comodamente, deixar de lutar pelo que querem, já que tudo que eles querem chega com facilidade às suas mãos. Quando você ignora o preço de tudo, não dá valor a nada!
Pais mimando os filhos - Não trate seus filhos como reizinhos
Quando os pais tratam os filhos como "reizinhos", seu reinado costuma ser tirânico. E as vítimas da sua tirania são, em primeiro lugar os próprios pais, depois a sociedade inteira.

No Brasil, jovens cada vez mais mimados e dependentes dos pais, tem feito com que as faculdade, muitas de renome, estejam sendo obrigadas a adotar práticas de colégio, como reuniões de pais e boletins!
Universidades CARAS, de Classe A ou B, tem promovido encontros de pais e professores, para turmas com alunos de 18 a 25 anos (alguns, mais) para que a família possa acompanhar notas e a frequência dos alunos. Existe até um portal para que isso possa ser feito pela internet.
A gerente de agência bancária Cláudia Costa, 48, leva a filha, Ana Giuliana, 20, todos os dias para a faculdade e checa as notas e faltas. Normal? Como era na sua época, prezado(a) leitor(a)? 
A situação chegou ao ponto absurdo de alunos (nos anos finais de graduação, em boas instituições) recorrerem aos pais para reclamar de notas! Na ESPM (Vila Mariana - SP), com mensalidade na faixa de R$ 3.000, (que CERTAMENTE não é paga pelos alunos) também se nota a presença dos pais. O diretor de graduação, Luiz Fernando Garcia, diz ter registro de mães reclamando de reprovação de seus filhos… em cursos de MBA (especialização).
“Se tornou comum mães acompanharem filhos até a sala de espera em entrevistas do estágio, e ainda querem entrar junto…” “Pagam” a faculdade mais cara só pelo status e o diploma só fica na gavetinha. Geração “tem tudo fácil” só falta pedir para os pais trabalharem por eles…
Um dos mais claros indicadores da mudança de perfil dos egressos é a queda na procura pelo período noturno. Como o aluno estuda durante o dia, o curso é pago pela família, e dessa forma, os alunos não precisam trabalhar. “O protecionismo talvez contribua para a acomodação de alunos”, afirmam os educadores.

E isso tudo se reflete no mercado de trabalho. E quem paga é a Economia do País!

Responda rápido: Se você tiver que contratar um profissional, com as mesmas características profissionais básicas, mas com diferenças curriculares significativas, qual dos dois candidatos abaixo você escolheria:
Eu dou valor às pessoas que tiveram menos oportunidades, pois elas são, geralmente, mais gratas!

01) Homem, morador da baixada, 30 anos, Graduado (à noite) no curso de Tecnologia em Gestão de Marketing, Pós Graduado em Marketing pela Universidade Veiga de Almeida, pai de um filho.
02) Homem, morador da Zona Sul, 25 anos, Graduado na ESPM em Administração de Empresas (período integral), Pós Graduado pela PUC em Marketing, solteiro, morando com os pais.
Assim, à primeira vista, o segundo candidato pode parecer uma excelente aposta: bem formado, solteiro, jovem. Mas, eu, em face das minhas experiências com recrutamento, posso AFIRMAR: o primeiro candidato é o melhor profissional para a sua vaga. 
Em primeiro lugar, ele tem um filho e paga as próprias contas. Sendo assim, PRECISA trabalhar para manter a família. Além disso, por ter trabalhado para pagar a faculdade (subentende-se) deu muito mais valor às aulas, mesmo que estivesse fatigado após um dia de trabalho. Fez a Pós Graduação numa instituição de ensino séria, mas com boa relação de “custo x benefício”, já que era o que dava para pagar sem sacrificar a sobrevivência da família. Este cara vai levar o emprego à sério, engolir os sapos (sim, às vezes, temos que ser resilientes) e seguir em frente. Enquanto isso, o segundo, provavelmente, iria desistir no primeiro obstáculo. Sim, eu posso afirmar que isso é estatisticamente verdadeiro. Já vi e ouvi CENTENAS de relatos de gestores que gastam milhares de reais em processos seletivos e que perdem funcionários com frequência, simplesmente por terem exigido comprometimento e profissionalismo. É assim que está a mão de obra “qualificada”, composta, principalmente, por jovens que não estão preparados para lidar com as insatisfações, frustrações e desafios da vida profissional. Estes jovens estão jogando na lama o conceito da Meritocracia. E isso tem um custo altíssimo para a sociedade, como um todo!


É claro que MUITOS jovens escapam ao esteriótipo que vimos até agora. Graças aos seus pais, muitos jovens são criados dando valor ao dinheiro, às oportunidades, respeitando seus semelhantes, entendendo que a vida é dura e que é preciso correr atrás do que se quer. Estes jovens, raros quando se fala em classes sociais mais altas, podem ser a salvação das cadeiras de Diretorias e Presidências das empresas que vão sobreviver. Está muito difícil - MUITO MESMO - conseguir profissionais com formação TOP e com boa atitude humana e valores morais e éticos no mesmo sujeito. Uma pena. Perdemos gerações INTEIRAS de jovens, simplesmente por termos tentado protegê-los demais!

Por último, um conselho, para você, que nasceu antes de 1980…

Se você, assim como eu, nasceu antes de 1980, vou te dar um conselho: ESTUDE. MUITO!

O mercado vai precisar de HOMENS E MULHERES DE VERDADE quando o mercado inteiro entrar em colapso por falta de mão de obra capaz de lidar com a vida real!
Fica a dica!

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Item Reviewed: Geração Mimimimada: o futuro (?) do Brasil Rating: 5 Reviewed By: Renatho Siqueira